sábado, 2 de outubro de 2010

Tite Kubo: Gênio

Por Jean Coelho

Desenhista japonês, Tite criou o sucesso mangá Bleach, e posteriormente o anime para a TV. A obra de maior sucesso de Kubo é sem dúvida a união de muitos animes que ele sempre gostou, como Dragon Ball, Yu Yu hakusho e tantos que fizeram sucesso. Veja abaixo algumas de suas criações:











Como um grande mangáka que já é, Tite Kubo é um artista que demontra em sua arte a simples forma de se representar a vida.

terça-feira, 16 de março de 2010

Filmes de Guerra são Cult?

Por Jean Coelho

Não é de hoje que Hollywood retrata as grandes guerras com filmes excepcionais. As sequências de explosões, combates em campos abertos com tiroteios e efeitos especiais são marcas registradas dos filmes do gênero. Entretanto, existe uma tendência forte desses filmes onde o lado sentimental dos soldados é expressado com uma sutileza bastante realista. É o caso de filmes como O Resgate do Soldado Ryan, Cartas de Iwo Jima e Soldado Anônimo, por exemplo.


Guerra ao Terror, ganhador de 6 Oscars é o mais recente filme a representar seus "companheiros". A realidade é tanta que ele é mais um de muitos filmes que retratam a atual situação de conflito entre EUA e o Oriente Médio. E o mais curioso é que ele está nas locadoras desde 2008!! É incrível imaginar que um filme de pouca divulgação no mundo surpreendesse e encantasse a todos que o viram. Espero poder ver mais obras-primas como essa no cinema, desde que não me convençam a me alistar no exército!!








quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Avatar: Esse eu não perco!!

Por Jean Coelho

Sensacional!! Ops, acho que me empolguei demais antes da estréia do filme! Avatar é sem dúvida o filme mais aguardado desse final de ano. Tudo indica que o longa será líder em bilheterias pelo mundo todo. Só o trailer já nos faz imaginar que nossos ingressos vão valer a pena. A tecnologia empregada nesse filme é absurda! Um projeto que até então fora engavetado pelo diretor de Titanic, James Cameron e que levou cinco anos para ser feito, é motivo de grandes expectativas por todos os amantes de cinema.




Uma mente como a de James Cameron criou um mundo tão real e ao mesmo tempo tão impressionante que acaba nos convencendo de que deve existir um planeta como Pandora por aí. O Enredo do filme é muito interessante. Só o fato de a raça humana chegar a explorar planetas parecidos com a Terra já vale a ida ao cinema. Adicione uma história de amor, seres alienígenas, aventuras pelo universo, juntamente com cenas de ação e efeitos especiais nunca vistos em Hollywood, e o que você terá? Será que o “filme perfeito”? Devemos aguardar por esses dias todas as especulações a respeito de Avatar. Podemos até não considerá-lo o filme perfeito, mas já podemos dizer que será o filme do ano!






quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Buraco Negro do Sol

por Jean Coelho
Imaginem um deserto. Apenas o ar seco saindo da sua respiração ofegante será a única forma de refrescar o seu corpo. Agüentar o calor é aceitável. Não comer por algumas semanas seria o limite para alguém acostumado com refeições diárias. Entretanto, a falta de absorção de líquidos, principalmente água, é algo que não queremos nem em nossos piores pesadelos. A morte para quem fica sem beber água durante pelo menos uma semana talvez seja a pior de todas. O corpo humano é basicamente água. O equilíbrio do nosso organismo depende muito de estarmos bem hidratados. Para uma pessoa em especial, esse não foi o caso. Ninguém poderia ajudá-lo, pois havia perdido a memória em um acidente de carro. Ele não sabia mais o próprio nome. Sabia apenas que estava naquelas condições por um longo período de tempo. Completamente magro, seu esqueleto era visível sobre uma camada de pele seca, queimada pelo sol. Suas roupas rasgadas eram indícios de estar sofrendo muito naquele deserto que ele nunca vira antes. Visto de longe parecia um zumbi, mas tratava-se apenas de um pobre coitado desmemoriado.



O cérebro humano é 80% feito de água. A essa altura, pela falta de hidratação sua mente já sofria as conseqüências. Ele começara a ver coisas. Enquanto caminhava, tinha a impressão de estar sendo seguido. Durante a noite as temperaturas em um deserto pode chegar perto do 0°C, e é comum as pessoas procurarem abrigo ou mesmo se agasalharem. Porém o nosso amigo, que desconhecemos o nome, suava a noite toda enquanto tentava dormir. Parecia que estava na praia. Já durante o dia, o sol extremamente forte não fazia efeito mais sobre ele. Pelo contrário, fazia-o tremer como se estivesse preso dentro de um frigorífico. As visões estavam cada vez mais freqüentes. Sua imaginação lhe pregava peças o tempo todo. Houve um momento em que ele viu toda areia do deserto que estava debaixo dos seu pés virarem um mar negro, e ele se debatia na escuridão pois estava se afogando. E então de uma hora para a outra, tudo voltava ao normal. Sempre via pessoas no horizonte, mas nunca às alcançava. Mesmo com sua saúde mental comprometida, ele não entendia porque não tinha morrido ainda. Ele não fazia idéia, mas se passaram dois anos em que ele estava nestas condições, caminhando por um deserto sem fim. Até que em um dia estranhamente nublado, ele se ajoelhou na areia e disse:
"Talvez se eu não continuar andando, a morte virá me levar..."
Foi aí que ele caiu em um profundo sono, que não tivera a muito tempo. Mas acordou no dia seguinte e ainda estava escuro. Ao abrir os olhos viu que o sol havia ficado negro, como um buraco negro do espaço. O seu corpo começara a desaparecer como se fosse grãos de areia sendo levados pelo vento. Enfim se sentiu em paz, e desapareceu. Sem saber quem era, não sabia também que já estava morto a dois anos.




Fim


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Fauno Solitário

por Jean Coelho

Não era difícil avistar, mesmo que por um longo período de tempo sem vê-los, a presença de grupos curiosos de criaturas nas florestas da Grécia antiga, tempos em que os Deuses se faziam presente naquela região. Entretanto, havia uma espécie um tanto difícil de se lhe dar. Eram os Faunos. Tão difícil que nem eles mesmos se suportavam. Preferiam ficar isolados uns dos outros. Talvez fosse uma tradição dos Faunos seguir sempre sozinhos ou porque tinham gênios tão fortes que deixariam qualquer um louco. Trimilo era um exemplo de Fauno jovem, debochado, achando que era "o dono do mundo" por estar sempre irritando a todos que atravessassem seu caminho. Era tão irritante o seu comportamento que quando criança fez chorar de raiva sua mãe que irritada, expulsou o pequeno Fauno de sua casa. Essa era a iniciação de todos os Faunos quando jovens, e parece que Trimilo aprendeu bem cedo. Possuía uma pequena flauta que tocava, de certo modo, bonitas canções sobre seu povo. Nem sempre os Faunos foram assim. Houve um tempo em que eles conviviam muito bem com as demais criaturas da floresta, mas grupos de Faunos rivais de outras tribos diferentes entrariam em conflito, promovendo a desunião da espécie. Trimilo não era desse tempo, não tinha culpa que seus antepassados fizeram gerações inteiras de Faunos serem criaturas amarguradas. Ficava feliz quando acordava um Troll gigante que sempre tirava um cochilo todas as tardes debaixo de um carvalho milenar. O Fauno abusado saia batendo seus cascos no ar quando pulava de felicidade ao irritar o Troll abobalhado, que nunca via o autor da música alta tocada todo fim de tarde naquela região da floresta. Todas essas peças pregadas por Trimilo escondiam uma profunda tristeza por estar sempre sozinho, afinal, esse era o destino de um Fauno, aprontar com todos, mas ao mesmo tempo tocar lindas melodias de solidão.



Fim

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Herança de uma Lenda - Final

por Jean Coelho
As respostas estavam tão evidentes que se tornaram insuportáveis de admitir. A lenda de Lobisomens em terras americanas (incluindo a américa latina), teriam origens européias, até então encaradas pela sociedade da época como superstição. Em pleno século 21, Kevin de 17 anos, descobrira que sua linhagem sofria de disfunções consangüíneas, características próprias de um Licantropo. Tal fato foi descoberto por ele mesmo, ao ganhar maioridade quando pode sair do orfanato em que morou durante toda a sua vida, em Washington. A diretora Thompson fez a revelação para Kevin a pedido da pessoa que o deixara à 17 anos naquele lugar:

"Kevin, pelo que pude notar todos esses anos em você esteve aqui conosco, gostaria de lhe dizer que você é um rapaz de sorte. O seu suposto pai, no dia que lhe deixou aqui, pediu que eu revelasse à você sua verdadeira origem. Você Kevin, descende da primeira linhagem de Lobisomens americanos. Eu o considero com sorte única e exclusivamente porque você teve uma infância normal, saudável e longe de todas essas histórias do seu passado. Imagine como seria a sua vida se você nem soubesse quem realmente é? Por isso eu lhe peço Kevin, vá para um lugar onde você possa recomeçar, e por favor, procure um objetivo em sua vida."

Objetivo. Palavra pouco escutada por Kevin. Afinal, que futuro teria um órfão de 17 para 18 anos que nunca fora adotado por ninguém? Uma coisa ele tinha certeza: ele era diferente. Mas como sempre procurava ser esforçado, decidiu investigar sua árvore genealógica. Em bibliotecas da cidade, consultas de documentos, buscas e mais buscas na internet lhe tomaram 5 anos de sua vida. O curioso era que nesses anos todos, nenhuma vez se quer ele havia se transformado em lobisomem. Que estranho! Mas então, haveria tanto motivo de preocupação em descobrir coisas do passado? Para ele não. Seu emprego de caixa em uma loja de conveniências lhe premiaram com uma poupança que se orgulhou em economizar. Era tudo o que tinha. Uma vida normal, e por que não dizer feliz. Se mudaria então para a cidade de Everett, em Washington. Talvez o fator selvageria nunca teria afetado Kevin, já que a raiva poderia desencadear uma transformação indesejada. Mas em dias de lua cheia, kevin sente os mesmos sintomas que seu tataravô Andrew sentiu quando virou pela primeira vez um lobisomem. Diferente de seu ancestral, ele consegue se controlar. Ele nunca mais olhou para os céus desde o dia em que soube quem realmente é.


Fim


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Herança de uma Lenda - parte 1

por Jean Coelho

Sem que pudesse perceber, Kevin de 17 anos, trazia consigo um passado coberto por uma neblina que obscurecia sua vida. As respostas estavam lá atrás, nos seus antepassados. Tudo começou em 1885, ano da chegada da Estátua da Liberdade aos Estados Unidos, vinda da França. Com ela muitos imigrantes se instalaram no país a procura dessa tal "liberdade" que não encontravam em seus respectivos países. Muitos europeus, sobretudo os Irlandeses, faziam parte dessa nova poulação acolhida pela América. Muitas famílias desembarcavam em terra firme, eram sempre um casal e seus filhos, eventualmente bebês de colo e idosos. Entretanto, um rapaz desembarcava sozinho em terras americanas: seu nome era Andrew. Parecia um tanto atordoado, ligeiramente preocupado, inquieto. Também, se soubessem o que ele passou...


"Ano de 1880. Era 23:48, na floresta localizada na cidade de Cork, bem afastada da população. Noite de lua cheia. Ele não entendia porque era movido pela sua imença vontade de adentrar a um local extremamente inóspito. Aos 17 anos de vida a manifestação de quem realmente ele era viria à tona a qualquer segundo. Com roupas de época, lentamente se sentia como se uma febre começa-se a surgir do nada. A transformação era inevitável. Suas roupas se rasgam, dando lugar a uma densa camada de pelos por todo o seu corpo. Garras, presas, um olfato muito aguçado, audição e sentidos sobre-humanos... A transformação estava completa. O homem perde a consciência, quem assume por hora é um Lobisomem".



Continua...